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No filme “The Ninth Gate” (no Brasil chamado de “O Último Portal”), a trama se desenrola no universo fascinante do mercado de livros raros. Nele, Dean Corso (Johnny Depp), um especialista no ramo, é convocado para autenticar um livro que supostamente foi co-escrito com ajuda do próprio demônio.

A jornada literária de The Ninth Gate

Corso é contratado pelo milionário Boris Balkan (Frank Langella) para perseguir todas as cópias existentes do livro (somente três, na verdade). Durante essa empreitada ele passa a ser perseguido por uma mulher misteriosa (Emmanuelle Seigner) e acaba presenciando alguns assassinatos um tanto bizarros, com verdadeiros toques de crueldade.

A Obra Original e o Diretor

“O Último Portal” é baseado no romance “The Club Dumas” escrito por Arturo Pérez-Reverte. O livro foi publicado em 1993 e serviu como inspiração para o enredo do filme, que foi dirigido por Roman Polanski e lançado em 1999. A trama do filme segue alguns elementos do livro, mas também apresenta algumas adaptações para a tela. Ambas as obras exploram o tema do mercado de livros raros.

A atmosfera gótica do filme, amplificada pela cinematografia habilidosa de Roman Polanski, espelha a aura de mistério e intriga que muitas vezes envolve livros raros e antiguidades literárias. Os cenários europeus, desde obscuras livrarias de antiguidades até castelos enigmáticos, criam um ambiente que evoca a sensação de explorar páginas antigas e poeirentas de um livro raro.

Mercado Editorial

O filme explora a tensão entre a busca pelo conhecimento proibido, representado pelo livro misterioso, e os limites éticos que um negociante de livros está disposto a ultrapassar em nome do sucesso comercial. Corso, o protagonista, representa o típico negociante de livros motivado pelo lucro e pela busca incessante por raridades. Sua jornada para autenticar o livro antigo raro reflete a competitividade acirrada no mercado editorial, onde a autenticidade e a raridade de uma obra podem determinar seu valor.

A narrativa obscura proporciona um paralelo intrigante com o próprio mercado editorial. Muitas vezes a raridade e autenticidade de certos livros podem desencadear uma busca frenética e, por vezes, moralmente ambígua.

Enquanto nos aprofundamos na trama, somos levados a refletir sobre as conexões entre o conhecimento proibido, a busca pela autenticidade literária e os custos morais disso.


Assim, “The Ninth Gate” não é apenas um mergulho no sobrenatural, mas também uma exploração fascinante das nuances do mercado editorial, onde os limites entre o legítimo e o obscuro muitas vezes se entrelaçam de maneiras imprevisíveis.

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